Ano Mariano! O que aprender de Maria, neste mês de Maio?

 
 
 Nossa Senhora da Compaixão
 
Recordo  um texto que li a algum tempo, e que me fez pensar na palavra: Compaixão. “Compaixão foi Maria”. 
Podemos nos perguntar: como assim? 
“Com-paixão! Isso quer dizer compartilhar uma paixão, um sofrimento, uma dor. Esta palavra quer dizer exatamente Maria!”
A compaixão na vida de Maria está relacionada com a Paixão de seu Filho Jesus. 
“Maria soube cultivar a com-paixão compartilhando a paixão de seu Filho, não só fisicamente, mas também, de maneira bem real e bem profunda, no mais íntimo do seu espírito e das suas emoções.
Ela seguiu seu divino Filho nos acontecimentos da Paixão: com-paixão!”
Paixão está muito bem ligada com o amor, juntos avançam destemidamente seja horizontal ou verticalmente até  “onde só chegam os corações apaixonados”. 
A Paixão nasce e dar fruto no amor.  Ela inclui dor e sofrimento.Não existe amor sem sofrimento e não deveria existir sofrimento sem amor”.
“Maria experimentou em si, mais que ninguém, a paixão de seu Filho, sofrendo com Ele a mesma dor e a mesma Cruz e participando também do mesmo amor e da mesma ternura que ela sentia e sente por toda a humanidade. O amor e o sofrimento, o amor no sofrimento foi o cálice que o Pai deu ao Filho e que o Filho passou depois à sua própria Mãe. E este cálice, por estar cheio de sofrimento, está, igualmente, cheio de compaixão e de perdão. Ela que padeceu com Ele, recebe d’Ele  a missão de se compadecer como Ele se compadeceu da humanidade”.
Muita fé  foi necessária a Maria tanto para aceitar proposta que lhe fora apresentada na Anunciação como no Calvário. Na Anunciação para ser a mãe do Messias e no calvário a Missão de ser a Mãe de toda a humanidade.
 
“Maria, no Calvário, torna-se Mãe da humanidade e esta, por sua vez entende que não pode empreender, sem ela, a grande caminhada da existência. Todos precisamos sempre dos nossos semelhantes, mas precisamos, sobretudo, deste ser maravilhosamente terno e compassivo, eternamente disponível para ouvir as nossas preces. Precisamos de uma mulher que possa ensinar-nos a perdoar uma vez que ela perdoou do fundo do coração e das profundezas do seu espírito. Perdoou com o mesmo perdão do seu Filho. Eis uma grande ajuda para Cristo curar a humanidade, porque não existe, neste mundo, remédio algum que cure mais e melhor do que o amor e a ternura de uma mulher”!
 
Como observamos, “Maria entrou neste misterioso casamento da paixão com o amor, o mesmo que seu Filho aceitou e através do qual salvou o mundo.” “ Por isso ela sabe ter compaixão de nós.”   E nós queremos aprender dela a vivermos com paixão os valores do Reino de Deus.
 
 
Ó Mãe de Deus e nossa, ajuda-nos a sermos compaixão, não ‘com’ qualquer paixão, mas aquela que brota e frutifica no amor, capaz de nos tornar melhores. Melhores na fidelidade, na confiança, na fé, melhores em perdoar, melhores na vida fraterna, na vida orante e profética, na esperança, na missionariedade, e melhores na dedicação aos pobres e à vida digna. Amém!
                                                                              ( Livro “Deserto Vivo”, pag 191, Compaixão – Catherine de Hueck Doherty)
 
CANTO (Sugerido):  Que resposta poderia dar... como Maria... alimentar uma grande paixão.
 
Ir. Ana Maria Ferreira Gomes.
25 de abril de 2017

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